sábado, 7 de janeiro de 2012

Fundación del samba


Como el tango, el samba no era decente: música barata, cosa de negros. 
En 1917, el mismo año en que Gardel abrió la puerta grande para que el tango entrara, ocurrió la primera explosión del samba en el carnaval de Rio de Janeiro. Esa noche,que duró años,cantaron los mudos y danzaron los faroles de las esquinas. 
No mucho después, el samba viajó a París. Y París enloqueció. Era irresistible esa música donde se encontraban todas las músicas de una nación prodigiosamente musical. 
Pero al gobierno brasileño, que por entonces no aceptaba negros en la selección nacional de fútbol, esa bendición europea no le cayó nada bien. Eran músicos negros los más famosos, y se corría el peligro de que Europa creyera que Brasil estaba en África. 
El más músico de esos músicos, Pixinguinha, maestro de la flauta y el saxo,había creado un estilo inconfundible. Los franceses nunca habían escuchado nada igual. Más que tocar, jugaba. Y jugando invitaba a jugar. 


GALEANO, Eduardo. Espejos, una historia casi universal, Madrid, 2008. p. 247



Esse livro foi uma das melhores aquisições que fiz na viagem e eu que já admirava Galeano por outras obras, fiquei perdidamente apaixonada depois desse. No resumo, são 600 historinhas curtas sobre tudo o que ele admira, critica e opina.
Esta que publiquei fala sobre a fundação do samba, bem simples e explicativa. Gostei do elo que ele fez com o tango, pois só na minha rápida passagem por Buenos Aires descobri a origem também humilde desse ritmo.
Outro detalhe que me chamou a atenção foi a citação sobre Pixinguinha, grande compositor da música popular brasileira e não tão reconhecido como deveria. 
Por sorte, eu tive um professor maravilhoso de história que deu uma aula sobre Pixinguinha e outros artistas que eu nunca tinha ouvido falar e que passei a admirar, ouvir e respeitar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário