quinta-feira, 14 de novembro de 2013

sobre a história que a escola não ensina

Hoje voltamos todos a Brasília
Com os despojos do nosso eterno presidente
Seremos recebidos todos com as honras e as cicatrizes de um futuro que não houve
E de um passado que não passa

Hoje voltamos todos a Brasília
Para cantarmos tudo o que não cantamos
Arrebanhar as almas penadas que ficaram dentro de nós
A dos que se foram antes do tempo
E a nossa que aos pedaços com eles também se foi
Hoje voltamos todos a Brasília
Levamos em nossos olhos
Os olhares dos que ficaram para trás
Mas deixaram suas marcas em nossas retinas
E levamos junto os olhos de nossos filhos, de nossos netos
Com a esperança de que eles não vejam o que vimos
O futuro ser roubado de gerações inteiras
Hoje voltamos todos a Brasília
Com o peso do que perdemos no coração
E as asas
E as asas
E as asas
Batendo nas vidraças
Passando pelas grades
Ruflando na escuridão
Entre as estrelas


Por: Flávio Aguiar

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